Resenha

GUPEVA – Romance Brasiliense*

Publicado originalmente em versão incompleta, no periódico semanal O Jardim das Maranhenses, entre outubro de 1861 e janeiro de 1862, em São Luís, esse conto/novela trata da história do índio Gupeva e sua filha, Épica.

A ação acontece na Bahia, mas discute desencontros, incesto e miscigenação entre franceses e Indígenas. Na trama, Épica se apaixona por Gastão, um marinheiro francês de origem nobre; assim como teria acontecido a sua mãe no passado, que viajou para a França, apaixonou-se e engravidou de um conde francês, que a abandonou quando soube que ela esperava uma criança. De volta ao Brasil, casou-se com Gupeva, mas morreu ao dar à luz a uma filha.  Gupeva decide cuidar da menina após a morte da esposa, colocando nela o mesmo nome da mãe.

Por meio de flashback, Gupeva relembra para Gastão o passado da mãe de Épica. Descobre-se, então, que havia um impedimento na relação do casal, o amor entre Gastão e Épica transforma-se num grande tabu.

Após essa primeira publicação, a versão completa e revista de Gupeva foi publicada ainda mais duas vezes nos periódicos maranhenses do XIX: em 1863, no jornal Porto Livre e em 1865, no jornal Eco da Juventude. Nessa obra, pode-se observar o cuidado de Firmina com sua produção literária, pois em diversas partes do texto ela realiza alterações significativas.

Em 1975, José Nascimento Morais Filho publica a versão atualizada do texto no livro Maria Firmina – fragmentos de uma vida.

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* Luciana Martins Diogo, pesquisadora da obra de Maria Firmina dos Reis e organizadora do site. Graduada em Ciências Sociais (FFLCH/USP), com mestrado em Estudos Brasileiro (IEB/USP).

Antônio Parreiras. Iracema (1909) óleo sobre tela. 60.5x93x2 cm. MASP. Foto: João Musa
Antônio Parreiras. Iracema (1909) óleo sobre tela. 60.5x93x2 cm. MASP. Foto: João Musa