Vozes que resistem: “Úrsula” e “A escrava”, de Maria Firmina dos Reis – Jéssica Carvalho

PDF

JÉSSICA CATHARINE BARBOSA DE CARVALHO

Doutoranda em Letras no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Piauí (UFPI); integrante do Projeto de Pesquisa Teseu, o labirinto e seu nome, vigente na mesma instituição, onde desenvolve pesquisas no campo das Literaturas de autoria negra no Brasil.
j.catharine01@gmail.com

RESUMO

Neste trabalho, são analisadas duas obras de Maria Firmina dos Reis, o romance Úrsula (1859) e o conto A escrava (1887), tendo em vista o lugar de fala da escritora e a sua atitude política, levando em consideração
o contexto em que atuou. O referencial teórico-crítico da pesquisa confronta estudos de Ribeiro, Glissant, Evaristo, Davis, Alves, entre outros. Argumenta-se que as personagens negras são construídas pelo reconhecimento da consciência e da resistência, compreende-se a crítica antiescravista de Maria Firmina dos Reis como uma forma de denúncia e um modo de conceber o lugar de fala da escritora na construção de sua literatura, que é vinculada aos textos que formam o campo das Literaturas negras brasileiras.

Palavras-chave: Úrsula. A escrava. Lugar de fala. Antiescravismo. Literaturas negras brasileiras.

REFERÊNCIAS

ALVES, Alcione Corrêa. Mulheres deixam traços nas águas?. Organon, Porto Alegre, v. 29, n. 57, p. 77-98, jul/dez. 2014.
CHALHOUB, Sidney. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia dasLetras, 2012.
CUTI. Literatura negro-brasileira: consciência em debate. São Paulo: Selo negro, 2010.
DALCASTAGNÉ, Regina. Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Rio de Janeiro: Editora da UERJ, 2012.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça, classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
DIAS, Maria Odila. Escravas: resistir e sobreviver. In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria. Nova história das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2012. p.360-381.
DUARTE, Eduardo de Assis. Por um conceito de literatura afro-brasileira. In: DUARTE, Eduardo de Assis; FONSECA, Maria Nazareth Soares (Org.). Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte: Editora UFMG,p. 375-400. v. 4.
EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. Scripta, Belo Horizonte, v. 13, n. 25, 2° sem. 2009, p. 17-31. ______. Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face. In: MOREIRA, Nadilza; SCHNEIDER, Liane (Orgs.). Mulheresno mundo: etnia, marginalidade, diáspora. João Pessoa: Ideia: Editora Universitária – UFPB, 2005, p. 201-212.
______. Poemas da recordação e outros movimentos. Rio de Janeiro: Malê, 2017.
GLISSANT, Édouard. Introdução à uma poética da diversidade. Juiz de fora: Editora UFJF, 2005.
JACINTO, Cristiane Pinheiro Santos. Laços familiares e resistência escrava no Maranhão oitocentista. In: ABRANTES, Elizabeth Sousa; BARROSO JÚNIOR, Reinaldo dos Santos (orgs.) O Maranhão e a escravidão moderna. São Luís: EDUEMA, p. 71-87.


Como citar: CARVALHO, Jéssica Catharine Barbosa de Carvalho. Vozes que resistem: Úrsula e A Escrava, de Maria Firmina dos Reis.  Revista Firminas, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 117-138, jan/jul, 2021.

Publicado em: 11/03/2021

Editoria:

Fernanda Miranda
Luciana Diogo
Marília Correia

e_mail: revistafirminas@gmail.com

Arte | #1: Carolina Itzá

Diagramação |artigo: Érica Rodrigues

Capa | #1: Carolina Fernandes

Revisão | artigo: Aiko Mine

Edição de vídeos | #1 Aline Fátima

Logomarca | Wal Paixão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *